22 de jun. de 2012


Antologia do Braga


   Reli um modesto volume de crônicas reunidas do mau humorado Rubem Braga . Despeço-me do jejum literário num dia chuvoso, nimbado e frígido. Reconheci finalmente o espírito “folhas velhas” que Machado de Assis tanto enfatizara. Entretanto, não consigo tecer uma linha sequer de consideração, uma vez que o apanhado lírico desse cronista é deveras fabuloso para minha pena. Relê-lo é transportar-me à infância de um ser , numa localidade diferenciada, sem bois, casas antigas, que nem a infância que tive. Deparei-me com venda de passarinhos, paixão platônica, a rouquidão acentuada debilitando a felicidade de um um homem - grande homem.
Assim como reli Paulo Mendes Campos, Antônio Maria ( vate que morreu de amor), naufraguei o barco da preguiça com essa modesta antologia, produzida por Domício Proença Filho. E Braga ressurgira das cinzas, no vendaval da manhã, eliminado euforias, medos e desconsiderações.