Antologia do Braga
Reli um modesto
volume de crônicas reunidas do mau humorado Rubem Braga .
Despeço-me do jejum literário num dia chuvoso, nimbado
e frígido. Reconheci finalmente o espírito “folhas
velhas” que Machado de Assis tanto enfatizara. Entretanto, não
consigo tecer uma linha sequer de consideração, uma vez
que o apanhado lírico desse cronista é deveras fabuloso
para minha pena. Relê-lo é transportar-me à
infância de um ser , numa localidade diferenciada, sem bois,
casas antigas, que nem a infância que tive. Deparei-me com
venda de passarinhos, paixão platônica, a rouquidão
acentuada debilitando a felicidade de um um homem - grande homem.
Assim como reli
Paulo Mendes Campos, Antônio Maria ( vate que morreu de amor),
naufraguei o barco da preguiça com essa modesta antologia,
produzida por Domício Proença Filho. E Braga ressurgira
das cinzas, no vendaval da manhã, eliminado euforias, medos e
desconsiderações.
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